22 de nov. de 2008

A vida é um sopro

Na mesma balada do Vinícius, seguimos para outro filme sobre os homens eternos, este com o centenário Oscar Niemeyer.

Documentário lindo, sobre um cara que foi, antes de qualquer coisa, coerente. Coerente com o que acredita, com sua história, sua arte, seu tempo. E até hoje está aí, dando aula, dando show…

Só tem uma coisinha que eu queria contar. O filme do Vinícius termina com uma brincadeirinha, onde estão Chico Buarque, Toquinho e Carlinhos Lyra. Eles lembram que, certa vez, perguntaram ao Vinícius como ele queria ser quando reencarnasse. O poeta contou que queria ser igualzinho, do jeintinho que veio… Só com o pau um pouquinho maior…

Já o documentário do Niemeyer termina com uma resposta no mesmo nível. Depois de falar de arquitetura, arte, política, Brasil e mundo, perguntam à ele o que lhe dá prazer hoje, o que vale na passagem dessa vida, que é um sopro, e ele responde: o importante é mulher, o resto é brincadeira…

Uma lição do filme – se é que estou à altura de interpretar alguma: você só se torna gigante quando aprecia o que está mais perto de ti, o que é mais simples, o que verdadeiramente vale a pena. Tem que ser - e saber  que é - pequeno, minúsculo. Todo resto é brincadeira…

De novo: assistam e apaixonem-se.

oscar

Duração: 90 minutos
Origem/Ano: Brasil : 2007
Direção: Fabiano Maciel
Roteiro: Fabiano Maciel
Sinopse: A história de Oscar Niemeyer, um dos mais influentes arquitetos brasileiros no século XX. Mostra como Niemeyer revolucionou a Arquitetura Moderna com a introdução da linha curva e a exploração de novas possibilidades de uso do concreto armado, além de seus pensamentos sobre a vida e o ideal de uma sociedade mais justa.

Vinícius de Moraes

Você já foi ver poesia, nega? Não? Então vá...

Sinceramente, não posso falar muita coisa sobre esse filme.

Posso dizer que é sobre Vinícius de Moraes. Dito isto, não há muito mais a se dizer. Posso contar que tem Chico, Caetano, Gil, Carlos Lyra, Edu Lobo, Francis Hime, Ferreira Gullar, além de cenas de arquivo lindas, com Tom Jobim e tudo mais, que tem texto do Rubem Braga no começo e no fim, que tem o Zeca Pagodinho, o Yamandú Costa, a Martinália e mais uma galera cantando as músicas dele, que tem o Rio, Paris, Nova York, que tem amor, beleza, tristeza e alegria, que tem parte da história da música desse país... Mas dizer isso é tão pouco quando se fala de Vinícius...

Na verdade, eu passaria horas aqui discorrendo sobre como me apaixonei pra sempre por este homem, e de como eu gostaria que todo mundo se apaixonasse por ele também. Mas prefiro deixar pra vocês só a dica e um textinho dele, coisa pouca...

Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai
Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não
Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão

clip_image001

Ano/Origem:Brasil : 2005
Duração: 124 min.
Direção: Miguel Faria Jr. 
Roteiro: Miguel Faria Jr. e Diana Vasconcellos, com colaboração de Eucanaã Ferraz 
Produção: Miguel Faria Jr. e Susana Moraes 
Música: Luís Cláudio Ramos 
Fotografia: Lauro Escorel

21 de nov. de 2008

Jogos de Poder

Este é um daqueles filmes que comporia uma série imaginária “pra entender o mundo um pouco melhor…”. Os caras reuniram um belo elenco para contar a história de como um congressista americano abraçou uma causa, a princípio, maluca e perdida, com parceiros ainda mais esdrúxulos e, quando parece que, contra todas as chances, o cara vence a batalha, aí é que está feita a m… Ah, já ia esquecendo: o filme é baseado na história real do tal congressista.

Começo falando do elenco, que reúne uma trinca de primeiro time: na ponta, o oscarizado Tom Hanks, no papel do congressista Charlie Wilson, um texano que não estava nem aí pra hora do Brasil – ou melhor, dos States. Tem também a eterna pretty woman, Julia Roberts, numa interpretação honesta de uma socialite bem relacionada nos meios políticos que abraça causas humanistas mundo afora. E, finalmente, o cara que, pra mim, é um dos maiores destaques do cinema americano dos últimos anos, Philip Seymour Hoffman, impagável interpretando um agente da CIA, que às vezes é um babaca, mas é sempre genial. Parênteses: depois vou falar sobre outros filmes com ele, também ótimos. Fecha.

Agora imagina a loucura: essa socialite convence o congressista a embarcar numa batalha para armar a população afegã, que sofre ataques constantes do exército soviético, em plena guerra fria. O cara vai atrás do que está acontecendo e descobre que a participação americana na história é ridícula. Para montar uma estratégia, recorre à CIA, que manda sua equipe especializada em Afeganistão: um agente pentelho, que estava na geladeira porque brigou com o chefe, que o expulsara de uma missão anterior. Pra fazer tudo isso funcionar, os caras ainda tem que buscar aliados como Israel e Egito. E, é claro, só funciona porque o Charlie, que adorava uma farra e conhecia como ninguém os corredores do poder, sabia operar politicamente com maestria, e acabava conquistando apoios decisivos – daquele jeitinho mesmo que a gente imagina que político opera. Fato é que deu certo e ele aumentou o orçamento destinado aos afegãos de US$ 5 milhões para mais de US$ 1 bilhão por ano.

Contando assim, pode parecer um daqueles filmes politizados, com uma história intrincada, daqueles que, se você piscar, já tem que rebobinar a vida (tem dó, né… a gente sofria com esses VHS’s) pois não vai entender mais nada. Muito pelo contrário, o filme é divertido, dinâmico, envolvente, com diálogos bem escritos e interpretações muito boas.

E, de lambuja, você ainda pode entender um pouco melhor nosso mundo hoje.

jogospoderCharlie Wilson's War
Origem-Ano:
EUA - 2007
Duração: 97 min
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Aaron Sorkin, George Crile
Sinopse: Drama baseado na experiência do congressista texano Charlie Wilson, que, mesmo sob disfarce, passou momentos tensos no Afeganistão. Wilson estava naquele país durante a guerra contra os soviéticos e manteve relacionamento estreito com os rebeldes afegãos. Baseado no livro escrito por George Crile.

14 de nov. de 2008

Paris, eu te amo

Ai, ai… Eu também…

Assisti pela segunda vez esse filme, e sempre acabo assim, suspirando no final. Não me entendam mal, não sou daqueles de chorar em cena de novela das oito, mas olhem bem: um filme inteiro falando de amor, em suas mais diversas formas, e ainda por cima tendo Paris como cenário e coadjuvante permanente, merece um bom suspiro, não?

O filme é composto de 18 curtas, de 5 minutos cada, dirigidos por 21 grandes nomes do cinema mundial. Para todos eles, o mesmo tema: Paris e amor. Cada um pegou um dos “arrondissements” ou bairros parisienses, e desenvolveu sua história. Nesse caldeirão entrou comédia e tragédia, alegria e tristeza, amor hetero e homo, carnal e transcedental, perda, solidão, religião, imigração, enfim. A maioria deles é muito legal, alguns fantásticos – o último, pra mim, é dos melhores. Particularmente, um ou outro não me agradou, mas nada que possa se chamar de completamente ruim.

E, além de tudo isso, tem Paris. Só a cidade já ajuda na fotografia de qualquer filme, e a turma ainda se esmerou. Tá tudo bonito demais. Em algumas cenas, a cidade está esplendorosa.

Sei que acabei sendo repetitivo, usando clichês e tudo mais. Sem problemas, nem me desculparei. É que, pra mim, isso é incontestável: história de amor, quando bem contada, é linda demais, e em Paris, fica ainda melhor. Assistam e apaixonem-se.

paris2 Título Original: Paris, Je T'Aime
Duração: 116 minutos
Origem-Ano: França – 2006
Direção: Olivier Assayas (segmento "Quartier des Enfants Rouges"), Frédéric Auburtin e Gérard Depardieu (segmento "Quartier Latin"), Gurinder Chadha (segmento "Quais de Seine"), Sylvain Chomet (segmento "Tour Eiffel"), Joel Coen e Ethan Coen (segmento "Tuileries"), Isabel Coixet (segmento "Bastille"), Wes Craven (segmento "Père-Lachaise"), Alfonso Cuarón (segmento "Parc Monceau"), Christopher Doyle (segmento "Porte de Choisy"), Richard LaGravenese (segmento "Pigalle"), Vincenzo Natali (segmento "Quartier de la Madeleine"), Alexander Payne (segmento "14th Arrondissement"), Bruno Podalydès (segmento "Montmartre"), Walter Salles e Daniela Thomas (segmento "Loin du 16ème"), Olivier Schmitz (segmento "Place des Fêtes"), Nobuhiro Suwa (segmento "Place des Victoires"), Tom Tykwer (segmento "Faubourg Saint-Denis"), Gus Van Sant (segmento "Le Marais") e Emmanuel Benvihy (transições).

13 de nov. de 2008

Dois perdidos numa noite suja

Gosto muito desse filme. O pano de fundo da história de “Dois Perdidos” é bem conhecido: dois imigrantes brasileiros ralando pra 'fazer a América' e passando os maiores apertos e dificuldades. Até aí, nada demais. O legal desse filme é o que rola entre eles, as conversas quando estão em casa - na verdade, uma espécie de galpão, aqueles estereótipos de fábrica abandonada, com tubulação aparente e tudo mais, bem caótico, como é toda a relação desses dois, tentando sobreviver em Nova York, tentando falar, tentando amar.

Vou explica melhor: o filme é uma adaptação do José Jofily (o diretor do Pixote) para a peça do Plínio Marcos, de 1966. O autor ficou conhecido por seu teatro marginal - Navalha na Carne, inicialmente censurada pela ditadura, gerou uma polêmica gigante. Para adaptar a peça pros dias de hoje, o diretor trouxe os dois pros EUA, acentou algumas tons de marginalidade, acrescentou elementos como a sexualidade de Paco, misógena e sensual – no original, era um homem, e conseguiu fazer tudo isso com uma delicadeza fantástica, bem diferente do Pixote, que era mais agressivo, direto.

Aí temos o Roberto Bontempo interpretando com perfeição o Tonho, um mineiro tímido, inocente, sincero, trabalhador, meio com cara de bobo, e a Débora Falabella interpretando Paco, inteligente, arrojada, misteriosa, violenta. Só um drops do encontro deles: o Paco é uma menina, que se passa por menino, e sobrevive fazendo sexo oral em velhos americanos vidrados em garotinhos. Um deles descobre, em um banheiro público, que trata-se de uma menina e tenta agredir Paco. Tonho limpava o banheiro e quando viu a briga, nocauteou o gringo.

A partir daí, começa uma relação conturbada, em que os traços psicológicos dos dois se misturam às dificuldades de imigrante, de duro, fodido, e eles passam a se machucar mutuamente, ao mesmo tempo em que desenvolvem um amor enorme. E inviável. Tudo ali é inviável.

Pra fechar a conta, uma belíssima canção, feita para o filme, pelo Arnaldo Antunes. Maravilhoso.

2-perdidos-numa-noite-suja-poster01 Direção: José Joffily
Roteiro: Paulo Halm
Fotografia: Nonato Estrela
Origem/Ano: Brasil - 2002
Duração: 100 minutos
Sinopse: Dois Perdidos Numa Noite Suja narra o encontro explosivo de dois brasileiros que, como tantos outros imigrantes dos anos 90, trocaram a falta de perspectiva do país pela ilusão do sonho americano. Depois de um encontro casual, Tonho convida Paco para dividir um galpão abandonado. Tonho é tímido, humilde, sincero. Paco é misteriosa, arrojada, agressiva. Fora a condição de estrangeiros, aparentemente não têm nada em comum. Ele está cansado de subempregos e quer voltar para o Brasil. Ela quer virar uma pop-star e vender mais discos que a Madonna. Por necessidade, falta de opção e solidão Tonho e Paco passam a viver um cotidiano infernal, fruto de ressentimento, frustrações, violência e uma inusitada história de amor. A convivência forçada desses dois imigrantes à margem da sociedade irá revelar de forma crua e despudorada a falência da esperança de uma vida mais digna. O desespero crescente leva Paco e Tonho a aplicarem golpes cada vez mais arriscados. A diferença de temperamentos e objetivos provoca confrontos cada vez mais violentos com um final tão doloroso quanto inesperado.

11 de nov. de 2008

Truffaut – Série Antoine Doinel

Depois de um longo e tenebroso inverno, estamos de volta. E para compensar a ausência, trago um presente. Vou falar um pouco sobre a fantástica série de filmes do François Truffaut sobre seu personagem predileto, Antoine Doinel. Simplesmente apaixonante. Eu estou particularmente encantado por Truffaut, e depois há outros filmes muito bons dele, que pretendo comentar aqui. Mas pra quem nunca viu nanda dele, esta série é o começo perfeito. Por tudo isso, merece um post especial, com um pouco mais de fotos para ilustrar. Espero que gostem!

Bom, pra começar, o Antoine Doinel era uma espécie de alter ego do próprio Truffaut. Então, tem umas coisinhas sobre ele que vale a truffaut pena contar. O Truffaut teve uma infância e adolescência bem sofrida: nunca conheceu o pai biológico, foi rejeitado pela mãe e criado pelos avós maternos até os 10 anos. Quando a avó morreu, voltou a viver com a mãe e um padastro – que lhe emprestou o sobrenome, mas que ainda o rejeitavam violentamente. Ia mau na escola, até abondoná-la, quando começou a praticar pequenos furtos. Enfim, a essas alturas, já tinha uma paixão muito grande pelo cinema, plantada pela avó falecida, e com 14 anos fundou um cine-clube. Óbvio, o clube não deu certo, mas fez barulho. E um grande crítico e também dono de cine-clube, André Bazin, se sensibilizou com o menino cinéfilo e o ‘adotou’. Virou um tutor intelectual e pai adotivo de Truffaut. Livro daqui, filme dali até que o Truffaut se transformou num dos grandes nomes da Novelle Vague, primeiro como crítico e depois como cineasta, revolucionou o cinema francês e influencia, até hoje, gente no mundo inteiro, com suas obras fantásticas, eternas.

Mas eu comecei falando do Antoine Doinel, que é o personagem – jean1 atenção, não se percam! Um dos primeiros filmes do Truffaut, o primeiro autobiográfico e o que projetou seu nome no mundo, foi o Le 400 Coups, ou Os imcompreendidos - que conta a infância e adolescência do Doinel. Para o papel, ele escalou Jean-Pierre Léaud, então com 14 anos. É claro, a história se repetiu e Léaud transformou-se também em pupilo e meio que filho de Truffaut. E assim o Truffaut seguiu fazendo filmes com o Jean-Pierre por mais 20 anos, com ou sem o Antoine Doinel.

claude-jade2 A série começa com "Os Incompreendidos", seguido de um curta chamado "Antoine et Colette", que compõe o filme "Amor aos 20", uma coletânea de curtas de vários diretores. Depois vem "Beijos Proibidos / Baisers Volés", que apresenta a encantadora Claude Jade, por quem o Truffaut caiu em perdição, largou a mulher milionária e se casou, perdido de amor. jean2Na seqüência, também  com a dupla campeã Jean-Pierre/Claude Jade, "Domicílio Conjugal". A série  encerra com "Amor em Fuga", que traz de volta a não menos linda Collete, de quase 20 anos antes. Todos os filmes são maravilhosos.

antoineetcolette Tudo me encanta nos filmes do Truffaut: os roteiros perfeitos, inteligentes, sensíveis, a narrativa fluente, a fotografia deslumbrante, as trilhas sonoras, uma mais perfeita que a outra, e por aí vai. Dava pra falar muito dele, mas aí entramos em outra seara. Já me estendi demais. Vamos aos filmes.

Ah, pra quem quiser, a série está à venda, foi lançada pela Versátil Home Video. Você encontro os filmes avulsos ou num box, bonitão.

osimcompreendidos Os imcompreendidos 
Título Original:
Le 400 Coups
Origem-ano: França - 1959
Duração: 99 minutos
Sinopse: Este é o primeiro da série e a história dele já está bem contada lá em cima. O Antoine Doinel é maltratado pela mãe e pelo padastro e começa a aprontar deliciosas travessuras na escola - a cena em que a turma sai para um passeio na cidade e, pouco a pouco, todos fogem do professor, é ótima. Apanha da mãe, é expulso, vai para um reformatório, enfim... É a infância do Truffaut retratada em filme. Fantástico. Quem conseguir este DVD que está aí na foto, poderá ver também o curta Antoine e Colette, de 1962. Aqui Doinel volta à Paris para morar sozinho, arruma pequenos bicos, reencontra amigos e se apaixona, por música, arte e por Colette. É o início da juventudade e da saga de amores de Doinel.

beijosroubados Beijos Proibidos
Título Original: Baisers Volés
Origem-ano: França - 1968
Duração: 87 minutos
Sinopse: Neste filme, Antoine está apaixonado por Cristine Darbon, a bela Claude Jade, e além disso tenta se estabelecer profissionalmente - como guarda noturno, detetive particular e vendedor de sapatos. Aqui ele descobre o amor e fica explícito seu eterno desiquilíbrio, cheio de graça, emocional e profissional. As trapalhadas de Doinel são divertidíssimas. Um lance bacana que já começou a aparecer no curta anterior e fica mais evidente aqui é que o Antoine sempre se apaixona não só pela mulher, mas principalmente pela família.

domicilio Domicílio Conjugal
Título Original:
Domicile Conjugal
Origem-ano: França - 1970
Duração: 94 minutos
Sinopse: Antoine casa-se com Cristine e vivem juntos as delícias e frustações do casamento. Antoine ama, briga, tem um filho, trai e, depois de tudo, ama de novo, mais ainda. Vemos presente a eterna inquietude de Antoine, que em determinado ponto atinge Cristine também. Este filme é maravilhoso, um dos meus prediletos de toda a série.

amoremfuga Amor em Fuga
Título Original:
L'amour en fuite
Origem-ano: França - 1979
Duração: 91 minutos
Sinopse: Aqui a série chega ao fim. Depois de terminar a relação com Cristine, Antoine, com 35 anos, tem uma nova paixão, Sabine. Sua relação com ela também está em crise, com surge Colette. Eles se encontram acidentalmente e voltam a conversar - Colette havia descoberto o livro escrito por Antoine, que passava a limpo sua infância, seus amores, sua vida. E por uma boa parte do filme, por meio de um animado bate-papo entre Cristine e Colette, toda história de Antoine Doinel é revista, com belas cenas de todos os filmes anteriores. E justamente quando se evidencia toda a confusão emocional e a instabilidade com as mulheres de Doinel, ele encontra seu grande amor, numa história de paixão à primeira vista muito bem bolada. Este filme é ótimo, encerra a série de forma perfeita, mas ainda nos deixa com uma pulga atrás da orelha, imaginando o que Antoine vai aprontar da próxima vez…